Sempre em todas as épocas a humanidade manifestou preconceitos. A educação vai aos poucos dissolvendo-os, mas existe uma tendência egoísta de ao se olhar muito para seu umbigo, deixar de ver e enxergar os outros, como semelhantes. Então desfiam-se um rol de preconceitos que beiram o ridículo; de idade, de sexo, de cor, geográfico, físicos, intelectuais, religiosos, políticos, continentais. Caminhamos cegos, deixando de ver que estamos todos no mesmo barco como humanidade. Atrevemo-nos a soberba de acharmos que somos melhores que os outros. A impermanência e a incerteza, que são aspectos inexoráveis da vida, mostram cotidianamente que nada permanece e que tudo termina. Não adianta congelarmos pontos de vista em nome de uma certeza que encobre a insegurança com relação à vida. Somente a segurança interna pode permitir que caminhemos livres desta peste emocional que acomete a humanidade, segundo o médico austríaco Wilhelm Reich. Buscar este porto seguro interno é missão de todos que buscam se colocar além dos preconceitos. Acolher o outro, incluir e permitir que ele se sinta pertencendo aos grupos: familiares, de amigos, do trabalho e da nação que vivemos dissolve as distancias permitindo a hum…manidade se expressar.
Jayme Panerai Alves – Jayme@libertas.com.br