Na natureza o ritmo aparece durante do dia, quando a tarde é sucedida pela noite, após ter acontecido a manhã.
Na semana quando os dias alternam-se de domingo a sábado, o dia do descanso.
Nas estações o verão, outono, o inverno e a primavera encadeiam uma sinfonia que os permite acompanhar o nascimento, crescimento, existência e morte no tecido da roupa que o planeta veste.
As modificações sutis das cores, principalmente do verde na natureza, são de uma sutileza que se estivermos distraídos nem percebemos. Mas se estivermos atentos enxergamos a harmonia fina e elegante com que as plantas e as árvores dançam enlaçadas com o sol. A mudança das cores também as evidencia. O verde mais forte, o mais desbotado, as flores que se abrem como voz e expressão daquela espécie.
A natureza exalta-se e encolhe-se conforme a época.
Nós também, humanos e filhos deste planeta, também funcionamos com ritmos biológicos análogos.
Nascemos atravessamos a infância e a adolescência e adultos realizamos nossos sonhos e obras. Depois envelhecemos e morremos.
Alternar momentos de trabalho e descanso é uma arte.
O exemplo do pêndulo do relógio de parede, desfiando as horas que tecem nossas vidas constrói a energia vital para enfrentarmos a vida em alternância entre os dias de trabalho e as noites para descanso.
Assim como a cada dia, a cada ano, se fazem necessários períodos de descanso.
Aí entram as férias. Como as noites, que refazem nosso equilíbrio energético, as férias repõem nossa energia vital.
As férias, o não fazer nada, o dolce far niente, não pensar em nada de prático e de objetivo. Somente descansar. Esvaziar a cabeça tão cheia de responsabilidades, de contas de decisões e de tomar conta.
Caminhar, viajar, desligar computadores e cálculos, metas e qualquer coisa que se relacione com o fazer.
Então permitir-se o SER. Inteiro e íntegro. Isto descansa e faz bem. Aproveitem as férias todos que têm esse direito.
jayme@libertas.com.br